sábado, março 30
Resenha - Vulgo Grace - O que Restou
Grace Markes é uma empregada de apenas dezesseis anos, que em 1843 foi acusada pelo assassinato de seu patrão Thomas Kinnear e sua amante e governanta Nancy Montgomery tendo como compassa James McDermott. Com a grande crueldade das mortes e a pouca idade da suspeita, o crime teve uma alta repercussão entre a população e os jornalistas da época, fazendo com que houvesse o surgimento de vários tipos de especulações sobre o real motivo de Grace ter matado seu patrão e governanta.
Quando o caso foi levado ao tribunal, Grace afirmou não ter memorias do momento ocorrido e assim acabou escapando da forca, porém, diferente de seu compassa James que alegou ter sido seduzido por ela, foi condenado a forca. Pelo relato de Grace de não ter memorias do momento dos assassinatos e a intervenção de alguns advogados, ela foi indiciada a prisão perpetua e levada a asilos de lunáticos e transferida a prisões, e entre eles ela vagou durante anos passando por experimentos de médicos para loucos e sendo a atração para outras pessoas.
Dr. Simon Jordan é um psicanalista que vive em busca entender a mente humana e todas as peças que ela pode nos pregar, e foi designado a dar sua opinião clinica sobre o caso de Grace. Com convívio o Simon adquire a confiança que ele espera da moça, sendo assim mais fácil para atingir seus objetivos e saber o que realmente se passou na mente de Grace e se ela é ou não é culpada.
Vulgo Grace foi publicado pela primeira vez em 1996 pela autora Margaret Atwood sendo a mesma autora do livro O Conto da Aia. Um livro que deu a origem a série Alias Grace na Netflix, e só tenho a dizer que a série é muito fiel a o livro.
V.G foi o primeiro livro que li da autora, e já digo que não foi o único, pós logo quando conclui ele, corri para ler O Conto Da Aia. Uma narrativa que logo no começo não me prendeu muito, fiquei muito tentada a desistir, porém decidi ler e indo assistindo a série, e confesso que foi a melhor coisa que fiz. O livro dá um salto e começa a ficar mais interessante quando começamos conhecer mais da protagonista, e tudo que ela passou com a família e como ela suportou chegar até a fazendo do Thomas Kinnear. O livro apresenta personagens instigantes e um pouco peculiares, e você é condenado a querer saber mais do que pode acontecer ao decorrer do enredo, e isso a autora não deixa a desejar em nenhum momento.
É excelente a forma como a autora consegue retratar o cenário político, religioso, cultural e social da época que fará você refletir nos dias atuais. Um jogo de quebra cabeças que fará você duvida da inocência dos acusados que são as únicas testemunhas do assassinato, em quem acreditar?
Título: Vulgo Grace
Autora: Margaret Atwood
Páginas: 512
Ano de edição: 2017
Editora: Rocco
Sinopse: Em Vulgo Grace, a canadense Margaret Atwood comprova, mais uma vez, porque bateu recentemente nomes como Gabriel García Márquez e Ian McEwan na disputa pelo prestigiado Prêmio Príncipe das Astúrias de Letras 2008 pelo conjunto de sua obra. A partir do caso real de uma mulher canadense da década de 1840, Atwood tece uma história de sensualidade, crueldade e mistério, cuja protagonista envolve o leitor num enigma desafiador. A autora recupera a trajetória de Grace Marks, uma criada condenada à prisão perpétua por ter ajudado a assassinar o patrão e a governanta da casa em que trabalhava. Atwood estimula os leitores a formarem sua própria opinião sobre a assassina e, com a sutileza que lhe é característica, deixa subentendidos importantes aspectos da trajetória da protagonista. Da autora, a Rocco já publicou oito obras, entre elas Assassino cego, livro que deu a Atwood o prêmio Booker Prize.
Olá tudo bem ? Não conhecia o autor , gostei bastante da temática , tem um história bastante enigmática. Já quero ler.
ResponderExcluir"Montgomery"
ResponderExcluirJá vi esse nome em algum personagem de American Horror Story.
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Sobre mim:
Jovem estudante entusiasta de Psicologia que sofre com Transtorno Afetivo Bipolar (TAB). No meu blog você vai encontrar desde artigos técnicos informativos de Psicologia, Psicanálise e Saúde Mental, a também reflexões, desenhos e poemas de minha autoria.
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Olá
ResponderExcluirEsse é o livro da autora que mais tenho vontade de ler, gosto demais dessa coisa de questionar a sanidade dos personagens, de nós deixar em dúvida se ela é o não o culpado por causa das atitudes dúbias, deve ser um livro muito bom
Eu li recentemente o Conto da Aia, gostei muito do estilo de escrita da autora e só de pensar que ela escreveu isso trocentos anos atras e ele ser super atual me dá até um arrepio.
ResponderExcluirEu ainda não conhecia esse livro dela, mas fiquei muito interessada, vou até dar uma procurada aqui, valeu mesmo pela dica!! <3
Olá,
ResponderExcluirAinda não li nada da autora, mas tenho "O Conto da Aia" na minha estante. A premissa dessa obra é muito interessante e me deixou com aquele gostinho de quero mais. Ainda bem que você não desistiu da leitura e que depois você foi surpreendida, isso é ótimo quando aconteceu. Os temas abordados também me deixam mais interessada!
Beijos!
Eu não terminei esse livro, eu gosto da autora, ela escreve maravilhosamente bem, contudo a narrativa é muito lenta, eu comecei a ver a série enquanto estava lendo e acabei terminando a série e não curtindo muito o final e desisti de terminar o livro. O que mais gostei dela foi o Assassino Cego, mas a narrativa é bem lenta também, mas eu gostei mais dos personagens.
ResponderExcluirOi, tudo bem? Não sabia que tinha um livro também. Vi o lançamento da série no Netflix e já assisti. Pelos relatos na série não dá para perceber se ela é culpada ou não. Interessante que cada pessoa tira suas próprias conclusões. Vou procurar ler o livro. Beijos, Érika =^.^=
ResponderExcluirÉ uma excelente indicação de livro pra quem curte esse estilo de história e tudo mais.
ResponderExcluirAchei bem legal, e a capa do livro é perfeita!
https://blogdajenny2014.blogspot.com/